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25 de jun. de 2012

Novamente o Consórcio mostra sua força no cenário nacional, em 2012 o sistema continua batendo recordes de crescimento.


  1. CONSÓRCIOS REGISTRAM CRESCIMENTO NAS VENDAS

    Abac

    CONSÓRCIOS REGISTRAM CRESCIMENTO NAS VENDAS, NO TOTAL DE PARTICIPANTES, NO ACUMULADO DE CONTEMPLAÇÕES E NO VOLUME DE NEGÓCIOS NO PRIMEIRO QUADRIMESTRE
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    Boas perspectivas com as recentes mudanças na poupança

    Nos primeiros quatro meses deste ano, o Sistema de Consórcios voltou a registrar alta em todos os indicadores do mecanismo. O total de participantes saltou de 4,30 milhões (abril/2011) para 4,86 milhões (abril/2012), apontando evolução de 13,0%. 

    As novas adesões, neste quadrimestre, totalizaram 804,2 mil cotas, 4,6% maior que as 768,4 mil contabilizadas no mesmo período no ano passado. O acumulado nas contemplações cresceu 14,0%, partindo de 347,9 mil (jan-abr/2011) para as 396,6 mil atuais (jan-abr/2012).

    O volume de negócios, refletindo o interesse dos consumidores, também observou alta. A soma do período chegou a R$ 23,6 bilhões (jan-abr/2012) contra R$ 22,5 bilhões (jan-abr/2011), registrando aumento de 4,9%.

    "Os resultados acumulados nos 120 primeiros dias confirmou a retomada dos negócios consorciais", explica Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da ABAC Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios, "depois de um início de ano desacelerado, em razão do comportamento habitual dos consumidores a cada começo de ano". 

    Nos últimos anos, a maior procura pelos consórcios tem sido feita por aqueles consumidores que planejam. Ao fazer sua adesão, o consumidor busca o meio como alternativa consciente de quem deseja adquirir bens ou serviços parceladamente, em longo prazo, com menor custo, pensando na formação ou ampliação patrimonial.

    De forma diversa daqueles que têm necessidade imediata de um veículo, um imóvel, um eletroeletrônico ou mesmo um serviço e os adquire por outros mecanismos de compra parcelada com ônus maiores, os consorciados vêm demonstrando ainda maturidade e comprometimento ao aderirem ao Sistema, o que tem resultado em carteira qualificada com 4,86 milhões de participantes.

    Com o aumento de conhecimento desse mecanismo de autofinanciamento genuinamente nacional, o interessado no Sistema tem demonstrado que a educação financeira vem resultando na disciplina para poupar e, principalmente, na possibilidade de realização dos objetivos pessoais, familiares ou empresariais com economia e responsabilidade. Mais uma vez, a tendência de crescimento do mecanismo continuará sendo importante como elo da cadeia produtiva brasileira. 

    PERSPECTIVAS PARA OS PRÓXIMOS MESES

    Outro fator importante para o Sistema está nas mudanças promovidas pelas autoridades monetárias na poupança e em outros tipos de investimentos, válidas a partir do último dia quatro de maio, que deverão resultar em rendimentos variáveis, e conseqüentemente influir nos custos de geração de financiamentos. 

    Apesar do objetivo de reduzir gradativamente as taxas de juros, novo cenário estará se desenhando para o consumidor, onde os gastos financeiros continuarão maiores que os dos consórcios, que independem de investidores ou de dinheiro público. Nesse caso, a tendência de crescimento do mecanismo continuará sendo importante para a manutenção das atividades dos diversos elos da cadeia produtiva - indústria, comércio e prestação de serviços. 

    "As novas posturas de consumo, bem definidas, considerados objetivos diferentes, imediatos ou não, levará o brasileiro a rever seus impulsos de compra e de investimentos", explica Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da ABAC Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios. "O perfil de planejador, com responsabilidade e consciência sobre o prazo de duração do grupo, indica o consórcio como ideal para quem não tem pressa em adquirir o bem ou serviço e, especialmente, para quem não pretende desperdiçar suas economias", complementa. 

    50 ANOS DO SISTEMA DE CONSÓRCIOS

    Criado há cinco décadas, o Sistema de Consórcios surgiu em setembro de 1962 com os primeiros grupos de participantes, cujas características eram semelhantes aos dos atuais. Desde o início, angariou grande popularidade, o que atraiu o interesse das montadoras de veículos daquela época que iniciavam suas atividades no país. Elas viam nesse mecanismo instrumento eficiente para a consolidação do setor. A Willys-Overland, fabricante do Aero-Willys e do Jeep, chegou a ter mais de 55 mil consorciados, em 1967. 

    "Pode-se dizer ainda que os consórcios, recentes à época, foram responsáveis pela viabilização da indústria automobilística, em virtude da inexistência de linhas de crédito para os consumidores", disse o presidente da ABAC.

    RESUMO DO SISTEMA DE CONSÓRCIOS

    NO PRIMEIRO QUADRIMESTRE DO ANO, O VOLUME DE NEGÓCIOS JÁ SOMOU R$ 23,6 BILHÕES, SINALIZANDO A TENDÊNCIA DE CRESCIMENTO E A CONTINUIDADE DO INTERESSE PELO SISTEMA DE CONSÓRCIOS.

    PATRIMÔNIO LÍQUIDO AJUSTADO
    - R$ 5,1 BILHÕES (DEZEMBRO/2011)
    - R$ 3,8 BILHÕES (DEZEMBRO/2010)
      CRESCIMENTO: 34,2%

    VOLUME DE NEGÓCIOS
     - R$ 23,6 BILHÕES (JANEIRO-ABRIL/2012) 
     - R$ 22,5 BILHÕES (JANEIRO-ABRIL/2011)
      CRESCIMENTO: 4,9%

    ATIVOS ADMINISTRADOS
    - R$ 106,4 BILHÕES (DEZEMBRO/2011)
    - R$   94,0 BILHÕES (DEZEMBRO/2010)
       CRESCIMENTO: 13,2%

    TRIBUTOS E CONTRIBUIÇÕES ARRECADADOS
       - R$ 1,12 BILHÃO (JANEIRO-DEZEMBRO/2011)
       - R$    957 MILHÕES (JANEIRO-DEZEMBRO/2010) 
       CRESCIMENTO: 17,6%

    EMPREGOS GERADOS
        - 50 MIL EMPREGOS* DIRETOS E INDIRETOS 
          *ESTIMATIVA

    NÚMEROS DO SISTEMA DE CONSÓRCIOS
    SEGUNDO A ASSESSORIA ECONÔMICA DA ABAC
    A RETOMADA DAS VENDAS DE NOVAS COTAS, O NÚMERO MAIOR DE PARTICIPANTES E O AUMENTO NAS CONTEMPLAÇÕES CONFIRMARAM OS CONSÓRCIOS COMO ALTERNATIVA INTELIGENTE NA COMPRA DE BENS E SERVIÇOS, NOS PRIMEIROS QUATRO MESES DE 2012.
     
    - PARTICIPANTES (CONSORCIADOS) 
      - 4,86 MILHÕES (EM ABRIL/2012)
      - 4,30 MILHÕES (EM ABRIL/2011)
          CRESCIMENTO: 13,0%

    - VENDAS DE NOVAS COTAS (NOVOS CONSORCIADOS) 
       - 804,2 MIL (JANEIRO-ABRIL/2012)
       - 768,8 MIL (JANEIRO-ABRIL/2011)
          CRESCIMENTO: 4,6%
     
    - CONTEMPLAÇÕES (CONSORCIADOS QUE TIVERAM A OPORTUNIDADE DE COMPRAR BENS)
       - 396,6 MIL (JANEIRO-ABRIL/2012) 
       - 347,9 MIL (JANEIRO-ABRIL/2011)
           CRESCIMENTO: 14,0%

    O SISTEMA DE CONSÓRCIOS DIVIDIDO POR SEGMENTOS:

    VEÍCULOS AUTOMOTORES EM GERAL
    APESAR DAS DIFICULDADES ENFRENTADAS PELO SETOR AUTOMOBILÍSTICO, OS CONSÓRCIOS DE AUTOMOTORES CONTINUARAM CRESCENDO NAS VENDAS, NOS PARTICIPANTES E NAS CONTEMPLAÇÕES, NO PRIMEIRO QUADRIMESTRE DO ANO.

    - PARTICIPANTES (CONSORCIADOS) 
      - 4,13 MILHÕES (EM ABRIL/2012)
      - 3,62 MILHÕES (EM ABRIL/2011)
          CRESCIMENTO: 14,1 %
     
    - VENDAS DE NOVAS COTAS (NOVOS CONSORCIADOS) 
       - 718,4 MIL (JANEIRO-ABRIL/2012)
       - 674,3 MIL (JANEIRO-ABRIL/2011)
          CRESCIMENTO: 6,5 %
     
    - CONTEMPLAÇÕES (CONSORCIADOS QUE TIVERAM A OPORTUNIDADE DE COMPRAR BENS)
       - 363,7 MIL (JANEIRO-ABRIL/2012) 
       - 313,3 MIL (JANEIRO-ABRIL/2011)
           CRESCIMENTO: 16,1%

    MOTOCICLETAS E MOTONETAS
    COM CRESCIMENTO DE 10,4% NO ACUMULADO QUADRIMESTRAL DAS CONTEMPLAÇÕES E COM QUASE 40% DE PARTICIPAÇÃO NAS VENDAS INTERNAS, OS CONSÓRCIOS DE MOTOCICLETAS CONTINUARAM PRESENTES NA VIDA DO BRASILEIRO.

    - PARTICIPANTES (CONSORCIADOS) 
      - 2,29 MILHÕES (EM ABRIL/2012)
      - 2,14 MILHÕES (EM ABRIL/2011)
          CRESCIMENTO: 7,0%
     
    - VENDAS DE NOVAS COTAS (NOVOS CONSORCIADOS) 
       - 444,0 MIL (JANEIRO-ABRIL/2012)
       - 414,9 MIL (JANEIRO-ABRIL/2011)
           CRESCIMENTO: 7,0%
     
    - CONTEMPLAÇÕES (CONSORCIADOS QUE TIVERAM A OPORTUNIDADE DE COMPRAR BENS)
       - 236,5 MIL (JANEIRO-ABRIL/2012) 
       - 214,3 MIL (JANEIRO-ABRIL/2011)
           CRESCIMENTO: 10,4%

    - TICKET MÉDIO DO MÊS (VALOR MÉDIO DA COTA NO MÊS)
       - R$ 11,1 MIL (ABRIL/2012)
       - R$   9,3 MIL (ABRIL/2011)
           CRESCIMENTO: 19,4%

    VEÍCULOS LEVES (AUTOMÓVEIS, CAMIONETAS, UTILITÁRIOS)
    COM 15,4%, OS CONSÓRCIOS MARCARAM  PRESENÇA NAS VENDAS INTERNAS DE VEÍCULOS LEVES (AUTOMÓVEIS, UTILITÁRIOS E CAMIONETAS), DE JANEIRO A ABRIL DESTE ANO.

    - PARTICIPANTES (CONSORCIADOS) 
      - 1,65 MILHÃO (EM ABRIL/2012)
      - 1,30 MILHÃO (EM ABRIL/2011)
          CRESCIMENTO: 26,9%
     
    - VENDAS DE NOVAS COTAS (NOVOS CONSORCIADOS) 
       - 261,0 MIL (JANEIRO-ABRIL/2012)
       - 245,3 MIL (JANEIRO-ABRIL/2011)
          CRESCIMENTO: 6,4%
     
    - CONTEMPLAÇÕES (CONSORCIADOS QUE TIVERAM A OPORTUNIDADE DE COMPRAR BENS)
       - 116,8 MIL (JANEIRO-ABRIL/2012) 
       -   89,9 MIL (JANEIRO-ABRIL/2011)
           CRESCIMENTO: 29,9%

    - TICKET MÉDIO (VALOR MÉDIO DA COTA NO MÊS)
       - R$ 42,6 MIL (ABRIL/2012)
       - R$ 41,8 MIL (ABRIL/2011)
           CRESCIMENTO: 1,9%

    VEÍCULOS PESADOS (CAMINHÕES, ÔNIBUS, SEMI-REBOQUES, TRATORES, IMPLEMENTOS)
    COM APROXIMADAMENTE 37% DE PARTICIPAÇÃO, AS MÁQUINAS AGRÍCOLAS MOSTRARAM QUE OS CONSÓRCIOS NO AGRONEGÓCIO TÊM IMPORTÂNCIA SIGNIFICATIVA NO SETOR DE PESADOS.

    - PARTICIPANTES (CONSORCIADOS) 
      - 192,5 MIL (EM ABRIL/2012)
      - 173,5 MIL (EM ABRIL/2011)
          CRESCIMENTO: 10,9%
     
    - VENDAS DE NOVAS COTAS (NOVOS CONSORCIADOS) 
       - 13,4 MIL (JANEIRO-ABRIL/2012)
       - 14,1 MIL (JANEIRO-ABRIL/2011)
           RETRAÇÃO: 5,2 %
     
    - CONTEMPLAÇÕES (CONSORCIADOS QUE TIVERAM A OPORTUNIDADE DE COMPRAR BENS)
       - 10,4 MIL (JANEIRO-ABRIL/2012)
       -   9,2 MIL (JANEIRO-ABRIL/2011)
          CRESCIMENTO: 13,0%

    - TICKET MÉDIO (VALOR MÉDIO DA COTA NO MÊS)
       - R$ 149,3 MIL (ABRIL/2012)
       - R$ 142,3 MIL (ABRIL/2011)
          CRESCIMENTO: 4,9%

    Pesquisa feita pela assessoria econômica da ABAC, em março deste ano, junto às administradoras de consórcios que atuam no agronegócio, apontou o perfil setorial abaixo. Os dados consideram somente a participação das máquinas agrícolas no setor de pesados.


    IMÓVEIS
    APESAR DA RETRAÇÃO DAS VENDAS NOS QUATRO PRIMEIROS MESES DESTE ANO EM RELAÇÃO A 2011, OS VOLUMES MENSAIS REGISTRARAM CRESCIMENTO MÊS A MÊS. AS NOVAS ADESÕES EM ABRIL FORAM 43% MAIORES QUE AS DE JANEIRO.

    - PARTICIPANTES (CONSORCIADOS)
      - 643,0 MIL (EM ABRIL/2012)
      - 592,0 MIL (EM ABRIL/2011)
          CRESCIMENTO: 8,6%

    - VENDAS DE NOVAS COTAS (NOVOS CONSORCIADOS)
       - 63,4 MIL (JANEIRO-ABRIL/2012)
       - 67,5 MIL (JANEIRO-ABRIL/2011)
          RETRAÇÃO: 6,1%

    VENDAS MENSAIS EM 2012 (EM MILHARES)
    JAN     FEV     MAR     ABR    
    13,0     14,5     17,3      18,6
    FEV/JAN = 11,5%   -   MAR/FEV = 19,3%   -   ABR/MAR = 7,5%   -   ABR/JAN = 43% 

     - CONTEMPLAÇÕES (CONSORCIADOS QUE TIVERAM A OPORTUNIDADE DE COMPRAR BENS)
       - 23,0 MIL (JANEIRO-ABRIL/2012)
       - 22,8 MIL (JANEIRO-ABRIL/2011)
          ESTÁVEL

    - TICKET MÉDIO (VALOR MÉDIO DA COTA NO MÊS)
       - R$  101,7 MIL (ABRIL/2012)
       - R$    96,9 MIL (ABRIL/2011)
           CRESCIMENTO: 5,0%

    FGTS - ACUMULADO NO PRIMEIRO QUADRIMESTRE DE 2012
        (VALOR UTILIZADO PARA AMORTIZAÇÃO OU QUITAÇÃO DE PARCELAS DE JANEIRO E
          ABRIL DE 2012)

    - 723 PARTICIPANTES
    - R$ 13,9 MILHÕES

    - UTILIZAÇÃO DO FGTS
       (VALOR UTILIZADO PARA AMORTIZAÇÃO OU QUITAÇÃO DE PARCELAS NO PERÍODO DE
         MARÇO DE 2010 A ABRIL DE 2012)

       - 6.365 PARTICIPANTES
       - R$ 112,04 MILHÕES
       Fonte: GEPAS/ CAIXA

    ELETROELETRÔNICOS E OUTROS BENS MÓVEIS DURÁVEIS
    APESAR DAS RETRAÇÕES REGISTRADAS NOS DIVERSOS INDICADORES, NESTE PRIMEIRO QUADRIMESTRE, O CRESCIMENTO NOMINAL DO TICKET MÉDIO APONTOU QUE AS ADESÕES CONTINUARAM COM VALORES MAIORES. ENTRE ABRIL E JANEIRO O CRESCIMENTO FOI DE 61,3%.

    - PARTICIPANTES (CONSORCIADOS)
      - 67,0 MIL (EM ABRIL/2012)
      - 80,0 MIL (EM ABRIL/2011)
          RETRAÇÃO: 16,2%

    - VENDAS DE NOVAS COTAS (NOVOS CONSORCIADOS)
       - 18,3 MIL (JANEIRO-ABRIL/2012)
       - 23,5 MIL (JANEIRO-ABRIL/2011)
           RETRAÇÃO: 22,1%

    - CONTEMPLAÇÕES (CONSORCIADOS QUE TIVERAM A OPORTUNIDADE DE COMPRAR BENS)
       -   8,8 MIL (JANEIRO-ABRIL/2012)
       - 11,0 MIL (JANEIRO-ABRIL/2011)
           RETRAÇÃO: 20,0%

    - TICKET MÉDIO (VALOR MÉDIO DA COTA NO MÊS)
       - R$ 5,0 MIL (ABRIL/2012)
       - R$ 3,7 MIL (ABRIL/2011)
           CRESCIMENTO: 35,1%

    TICKET MÉDIO EM 2012 (EM MILHARES)
    JAN     FEV     MAR     ABR   
     3,1       3,4        4,8        5,0
    FEV/JAN = 9,7%  -  MAR/FEV = 41,2%  -  ABR/MAR = 4,2%  -  ABR/JAN = 61,3% 

    SERVIÇOS
    A PROCURA PELOS CONSÓRCIOS DE SERVIÇOS CONTINUOU CRESCENTE. O AUMENTO DE MAIS DE 15% NAS VENDAS DE NOVAS COTAS E MAIS DE 47% NOS PARTICIPANTES CONFIRMARAM A TENDÊNCIA DE ALTA, NO PRIMEIRO QUADRIMESTRE DESTE ANO EM RELAÇÃO AO ANO PASSADO.

    - PARTICIPANTES (CONSORCIADOS)
      - 12.500 (EM ABRIL/2012)
      -   8.480 (EM ABRIL/2011)
           CRESCIMENTO: 47,4%

    - VENDAS DE NOVAS COTAS (NOVOS CONSORCIADOS)
       - 4.225 (JANEIRO-ABRIL/2012)
       - 3.549 (JANEIRO-ABRIL/2011)
          CRESCIMENTO: 19%

    - CONTEMPLAÇÕES (CONSORCIADOS QUE TIVERAM A OPORTUNIDADE DE ADQUIRIR SERVIÇOS)
       - 1.150 (JANEIRO-ABRIL/2012)
       -    771 (JANEIRO-ABRIL/2011)
           CRESCIMENTO: 49,2%

    - TICKET MÉDIO (VALOR MÉDIO DA COTA NO MÊS)
       - R$ 5,6 MIL (ABRIL/2012)
       - R$ 7,1 MIL (ABRIL/2011)
           RETRAÇÃO: 21,1%

23 de mar. de 2012

Grupo Herval - crescimento constante rumo ao futuro!


Poucas corporações gaúchas diversificaram tanto sua operação como o Grupo Herval, com sede em Dois Irmãos. Do solado de calçados a lojas exclusivas da grife Apple, o grupo ampliou negócios nos últimos três anos e planeja multiplicar filiais de segmentos de móveis planejados a colchões pelo País. Agnelo Seger, diretor-presidente, que desde os anos 1970 comanda a trajetória camaleônica do conglomerado familiar, aponta que o resultado esperado dentro de cinco anos é beliscar o faturamento de R$ 2 bilhões anuais. Para 2011, a receita da operação, considerando apenas indústria e varejo, deve avançar 20% , alcançando R$ 1,2 bilhão.
O administrador Seger, aos 58 anos, revela que a diversificação é fruto de oportunidades que não param de aparecer.

JC Empresas & Negócios - O senhor consegue listar todas as empresas que o grupo tem?


Agnelo Seger - O grupo é dividido em indústria (com fábrica de móveis, colchões e segmento de planejados, produtos químicos, solados para calçados, laminados de látex e espumas de poliuretano), serviços (HS financeiro, com cartão próprio de crédito que financia as vendas do comércio e crédito pessoal e HS consórcios em imóveis e seguros, e a construtora HLar) e varejo de canais exclusivos (IF Soluções Planejadas (móveis) e a Beden (colchões e roupa de cama). Daí vem o varejo - Lojas TAQI (multimarcas e nosso carro-chefe), IPlace (produtos Apple) e HPstore (HP). Há ainda atacado de pneus, de materiais de construção e equipamentos de informática para pessoa jurídica. Tem a distribuidora (administra bens e imóveis) e uma empresa de importação, já estava esquecendo, voltada para máquinas e equipamentos industriais.

Empresas & Negócios - O senhor não esquece alguma operação de vez em quando? Tanta diversificação estava nos seus planos?

Seger - Tenho tudo em uma planilha para não esquecer. Lá atrás, não havia previsão. As oportunidades vão surgindo e avaliamos se há sinergia. Operar com atacado é para criar volume, pois são os mesmos fornecedores. Ao migrar para a construção, vimos potencial grande, por meio de consórcio e da emergente indústria da construção.

Empresas & Negócios - Não há riscos nesta atuação pulverizada?

Seger - Temos de cuidar para manter o foco e nos profissionalizar cada vez mais. Os negócios têm entre si muita conexão, mas temos pessoas focadas em cada operação. Precisamos ter cuidado porque é muita diversidade e todas as áreas requerem muito investimento. Monitoramos e temos indicadores segmentados para tomar as principais decisões.

Empresas & Negócios - Qual é o foco da Herval?
Seger - Diria que é a casa e tudo que vai dentro, tanto o que é industrializado como o que é vendido, como o seguro para o imóvel. Do alicerce à construção e decoração. Por que solado para calçados? O material serve para o colchão. Por que insumos industriais? Abastecemos o polo calçadista e moveleiro. Produzimos insumos para uso próprio e para fornecermos a colegas destes ramos. Fizemos uma diversificação com o uso do poliuretano.


Empresas & Negócios - Ser uma empresa familiar facilita na tomada de decisão?

Seger - É um fator importante, mas caminhamos cada vez mais para adotar ferramentas de governança. Teremos um conselho de administração. Vamos definir posição de acionistas, estarão no dia a dia, mas vamos radicalizar na profissionalização.

Empresas & Negócios - A Herval corre risco de ser batida por concorrentes se não for muito boa em todas as áreas onde está hoje? É possível ser bom em tudo?

Seger - É complicado. Podemos chegar à conclusão daqui a pouco de que um ramo não vale mais a pena. Tínhamos fábrica de esquadrias em Santa Catarina, mas o faturamento não correspondia. Resolvemos abandonar o negócio. Se acharmos que uma loja não dá resultado, tem de se fechar.

Empresas & Negócios - Quais são as áreas hoje com melhor desempenho e os números globais do grupo para 2010?

Seger - Tudo é por unidade de negócio. O faturamento principal é o varejo, responde por cerca de 65%. O serviço é separado. O varejo e a indústria seguem no mesmo ritmo. No comércio, há aumento maior quando se abre novos pontos. Abre dez lojas e fatura mais R$ 10 milhões. Esperamos crescer 20% nos dois segmentos. Em 2010, ultrapassamos o faturamento de R$ 1 bilhão e em 2011 avançaremos 20%, terminando o ano acima de R$ 1,2 bilhão. Este montante não inclui as áreas financeira, consórcios (vendemos R$ 50 milhões a R$ 60 milhões ao mês) e construção. As cifras, que envolvem muitos recursos que administramos, são valores bem expressivos. Em cinco anos, queremos chegar a um faturamento de R$ 2 bilhões anuais
.
Empresas & Negócios – O senhor tinha medo que a troca do nome de Lojas Herval para TAQI pudesse não dar certo?

Seger - Tínhamos muito receio. Levamos quatro anos para bater o martelo. Quando tudo estava estruturado, perdemos o medo. O crescimento foi acima de dois dígitos. Isso está consolidado. Vamos avançar mais em Santa Catarina. Hoje são 70 pontos entre os dois estados. A intenção era chegar a 15 novas filiais em 2011, mas não sei se vamos conseguir. Dez seriam em Santa Catarina.

Empresas & Negócios - Qual é o tamanho que a Herval quer ter nos próximos anos?
Seger - Pelo menos, por obrigação, é quase dobrar de tamanho em cinco anos, senão ficamos para trás. Cada vez mais as empresas se unem, grupos maiores se formam e companhias de fora aportam. O Brasil vive um bom momento, mas não é tudo que pensam lá fora. Toda hora propõe joint venture ou negócios. Acham que todos estão endinheirados, mas a luta é grande para conseguir alcançar o faturamento. Muita coisa vai mudar no comércio e serviços. Com novos players.

Empresas & Negócios - O grupo tem recebido proposta de associação? Isso é inevitável?
Seger - Temos recebido propostas, mas nada de importante. Não estamos em busca neste momento. Buscamos, sim, crescimento.

Empresas & Negócios - Só não ganha dinheiro no varejo quem for muito incompetente?

Seger - Neste setor, não é fácil. A concorrência é extremamente alta, as margens são cada vez menores. Em linhas como de eletrodomésticos, o ganho é baixo e a disputa é com redes grandes. Há mais acesso a financiamento e podem até ficar anos sem resultado. Nós precisamos fechar sempre com desempenho. A economia vive um bom momento, mas não conseguimos crescer mais por falta de mão de obra, que se agrava em nossa região. Faltam profissionais com e sem qualificação. Fazemos campanha em que o funcionário que indicar outro ganha um determinado valor. Deu certo, mas já estão faltando novamente.

Empresas & Negócios - E qual é a solução?

Seger - Acho que há um processo de relocalização dos trabalhadores. O aumento de salário é inevitável. Caso exista uma oferta que não atraia interessados, acaba se elevando os vencimentos. Mas isso vira um problema para sustentar esse custo, pois podemos repassar aos preços, e isso é preocupante. Só na nossa indústria temos 200 vagas abertas. Vamos cada vez mais longe (50 a 60 quilômetros) para tentar conseguir funcionários e nem assim conseguimos.

Empresas & Negócios - Quais são os planos de abertura de lojas para 2011?

Seger - Na IF, são três abertas, mas temos firmados contratos para mais 22 operações, que nos levarão aos principais centros brasileiros, no Sul e Sudeste, Bahia até Macapá, no Norte. Queremos chegar a 50 filiais até dezembro, com varejistas parceiros, em um sistema parecido com o das franquias. Com a Beden (colchões), são nove pontos (cinco próprios e quatro franqueados). Abriremos em Brasília, e o plano é de alcançar também 50 estabelecimentos este ano.